A interdição da cadeia pública de São Félix do Araguaia (1.200 km a Noroeste de Cuiabá) foi pedida pela Seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), devido a uma série de irregularidades apontadas em um relatório assinado inclusive pelo bispo Pedro Casaldáliga. Os problemas vão desde a falta de infra-estrutura até questões de segurança dos presos e dos servidores. As deficiências já tinham sido apontadas desde 2004, mas até hoje não foi tomada nenhuma providência.
O relatório afirma que as instalações elétricas e sanitárias da cadeia são precárias. O prédio possui várias "gambiarras", não há descarga nos vasos sanitários, onde são utilizados baldes e existe até um esgoto a céu aberto. O relatório aponta, ainda, que a iluminação externa não é adequada e também há problemas com a iluminação interna, que inviabiliza aos policiais verificarem qualquer movimentação dos detentos no período noturno.
Os muros são baixos, com árvores próximas e matagal do lado de fora, o que, segundo o próprio relatório, facilita o êxito de uma tentativa de fuga. As celas são enferrujadas e trancadas por cadeados frágeis.